O que a gente não vê afeta nossa vida muito mais do que se pode imaginar.
- By Måka!
- 4 de mar. de 2021
- 6 min de leitura
Atualizado: 18 de abr. de 2022
Dificuldades pessoais e escassez, assim como problemas de relacionamento
podem estar diretamente ligados as confusões nos sistema familiar

Isso acontece porque, inconscientemente, incorporamos em nossa vida o destino de nossos antepassados. Desta forma, acabamos por repetir a história de nossos familiares que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles. É como uma “passagem de bastão” de traumas e sofrimento.
Essa foi uma pequena introdução, e muito superficial também, para este texto cujo tema é CONSTELAÇÃO SISTÊMICA! Uma poderosa ferramenta de compreensão de quem somos e de onde viemos que, ao meu ver, é o complemento ideal para qualquer processo de coaching.
Como assim, Maka?
Simples: o coaching detecta o problema, te ajuda no processo de TOMADA DE CONSCIÊNCIA (de quem você é e suas dificuldades), e a Constelação organiza a solução sistêmica. Basicamente é isso!
Não, não sou uma expert no assunto, tampouco, consteladora, mas sou praticante. Já me submeti a essa experiência quatro vezes, sendo duas constelando individualmente (com bonecos), uma como participante num grupo onde outra pessoa era constelada e agora, eu fui constelada em grupo.
Sem dúvidas, é uma experiência maravilhosa, extremamente profunda e LIBERTADORA!
Talvez você (ainda) não compreenda como é importante conhecermos e compreendermos as histórias que antecederam a nossa.
Saber quem foram as pessoas que vieram antes de nós e quais foram seus medos, suas crenças e suas experiências é fundamental para nosso desenvolvimento e evolução. Isso revela muito do que eles nos ensinaram e de como esses ensinamentos repletos de faltas e excessos reverberaram na nossa vida e na nossa história individual.
E mais: essa dinâmica nos traz a consciência do momento da história em que essas pessoas viveram. Me refiro à questão política e social do período. Claro, ou você acha que na época da sua tataravó a mulherada vivia como nós vivemos hoje? Hummmmm é ruim, hein?!!!!
Por isso, te faço um convite: leia esse texto até o fim. Talvez ao terminá-lo, minha mensagem passe a fazer algum sentido para você e se não fizer também, está tudo certo. Pelo menos você terá conhecido um pouco mais sobre mim!
O que quero dizer com isso é que entre você e sua tataravó, teve sua bisavó, sua avó e sua mãe e essas trouxeram na bagagem crenças e valores que eram da tataravó, pois uma foi "ensinando" para outra até chegar em você. Não esquecendo que sua tataravó tbm chegou "aqui" cheia da bagagem dos que a antecederam...
Antes de julgar os que vieram antes, tente entender como eles viviam e qual foi a verdade ensinada a eles sobre família, dinheiro, relacionamentos e afins!
E você deve estar se perguntando: por que será que a Maka, uma coach profissional e já estabelecida, resolveu relatar toda essa experiência? Primeiro para deixar registrado, pois, por mais que tenha sido forte, o tempo certamente apagará detalhes deste momento. Segundo: para validar para todos os meus clientes, amigos e seguidores que sim, eu realmente acredito no poder e na força do autoconhecimento. Lembre-se: não dá para dirigir um carro se você não sabe como funciona.
Ah! Måka, preciso fazer Constelação?
Claro que não. O que eu sugiro é que você encontre um caminho que te leve de volta para sua origem e que te ofereça a oportunidade de se reconciliar com os seus e a sua história!
Tá vendo, mais um ponto para o autoconhecimento. Quando você se conhece, você sabe o que funciona para você. Tem pessoas que descobrem e realizam esse caminho com muito sucesso com coaching, terapia... até porque, uma bela sessão de coaching ericksoniano pode te levar por caminhos e emoções jamais imaginados. Amo! Amo tanto que me tornei especialista na técnica...
Conheço pessoas que não se sentiram bem com a Constelação, e está tudo certo. Elas acharam outro caminho que as levassem para o mesmo lugar. Depende de cada um e da própria necessidade. Ah! uma dica: PERDOE! O perdão nas suas três esferas é, e sempre será, a melhor e mais poderosa ferramenta de reconciliação e libertação... #ficaadica
Tanto meus amigos e familiares, quanto meus clientes e seguidores sabem que tenho um certo "apego" pelo perdão. Não à toda, tenho dois e-books escritos sobre o tema.
Acredite: o perdão é o ponto de partida da caminhada da libertação. Toda e qualquer ferramenta, vai te ajudar a compreender os fatos e as pessoas que fizeram e fazem parte da sua história para que você possa perdoá-los! Quando você entende o que aconteceu e os envolvidos em cada situação, você "troca a lente" pela qual você enxerga tudo isso. Desta forma, você sai de um estado queixoso, de vitima e entra num estado de amor e gratidão. O elo entre essas duas fases, é o PERDÃO!
Eu sempre digo isso: se você não pode chegar no mesmo lugar que seu "colega" pelo mesmo caminho escolhido por ele, busque outra alternativa, a que seja melhor e mais cômoda para você. O importante é você chegar! Jamais se esqueça disso: cada pessoa funciona
de uma maneira, e está tudo bem!
Antes, porém, de entrar de fato no meu relato, quero deixar aqui os meus agradecimentos a todos que participaram da minha vivência e se doaram para que tudo fosse perfeito. Mas quero agradecer especialmente as duas lindas que viveram os papéis da minha irmã Sabrina e da minha amada e saudosa, Vó Lena. Foi lindo e muito intenso esse “encontro” das irmãs. Gratidão!
Se você é uma pessoa que me conhece, deve ter estranhado a frase: minha irmã, Sabrina! Compreendo e lhe digo: sabe de nada, inocente (rs). E já que é hora de revelação, preparasse para mais essa: Sabrina não é minha única irmã, além dela tem a Andressa e o primogênito, André Luís.
E agora, o que me diz? É importante ou não resgatar nossa história, incluir os que se perderam ao longo do tempo e botar ordem nessa “bagunça”?
Continuando, vamos direto ao ponto: a vivência desta segunda, 30/03/2020.
Minha sessão, focada nos relacionamentos e no feminino, durou cerca de três horas e foi muito intensa e profunda. Muitas dores e traumas vieram à tona.
Senti muito forte que a libertação dessas dores já não eram apenas um desejo meu, mas uma necessidade das três mulheres que me antecederam. Principalmente minha avó, que parecia se sentir muito culpada por não ter feito nada por ela mesma e, consequentemente, pela minha mãe e por mim.
Como disse, constelei segunda, hoje é sexta e ainda vivo um turbilhão de sentimentos e sensações. Terça e quarta fiquei muito “esquisita” agitada e com incômodo inconsciente o dia todo. Sabia que isso era reflexo do movimento de segunda, mas ainda não tinha captado a mensagem...
Na noite de quarta, ao me deitar, tive uma crise de choro e me entreguei numa conversa profunda com as três senhoras (mãe, avó e bisavó). Foi um pedido de perdão duplo. Eu sentia que elas clamavam pelo meu perdão, ao mesmo tempo que implorava para que elas me perdoassem, pois, por motivos óbvios (eu era uma só uma criança), não pude compreender que vim para este mundo num emaranhado de traumas e dores e que elas fizeram e me deram o melhor que elas puderam.
Finalizada a "cerimônia do perdão”, entrei num profundo processo de perdão com meu corpo. Todas as fichas caíram ali, tudo ficou claro como água e quanto mais eu compreendia tudo que acontecera comigo e com elas até aquele momento, tudo se dissolvia como pó e eu era tomada por um sentimento (quádruplo) de paz, jamais sentido antes. Finalmente nos libertamos desta maldição feminina perpetuada até ali.
Corri para o espelho do banheiro e ali fiquei por alguns instantes. Como estava em flow, não sei precisar o tempo que isso durou, mas sei que não foi rápido não. Afinal, eu tinha mais de 40 anos de acertos para fazer comigo mesma (rs).
Olhei profundamente dentro dos meus olhos e com um sentimento de amor profundo, pedi perdão a mim mesma por ter me maltratado por tantos anos sem saber. Perdi perdão as mulheres da minha linhagem e as perdoei. Foi incrível... estavam todas aqui (rs)...
Consciente que ao pedirmos perdão, não pedimos a Deus, mas a nós mesmos (Ele, na sua infinita bondade e sabedoria, não precisa ouvir esse tipo de coisa), eu me agarrei ao meu Japamala. Com o mais puro sentimento de LIBERDADE, mergulhei num Ho’oponopono especialmente dedicado ao meu corpo físico e, por 108 vezes, eu repeti as frases: Sinto muito! Por favor, me perdoe! Te amo! Sou grata!
Na santa paz da LIBERTAÇÃO, fui dormir...
Entenda: O que a gente não vê afeta nossa vida muito mais do que a gente imagina!
A você, que está lendo esse texto, espero que tenha compreendido o motivo que me fez escrevê-lo. Busque por você e pela sua história que a resposta do que (e porque) não está dando certo vai aparecer. Só entendendo de onde e de quem se veio, você poderá se libertar do que te incomoda para poder ser quem você gostaria de ser.
É preciso matar quem você é para se tornar quem você quer ser!
E foi exatamente isso que fiz. Matei o que vivi até aqui, pois o que vivi não era meu, mas das mulheres que me antecederam. Agora sim, eu posso me apoderar da minha vida para viver sob o domínio das minhas crenças e desejos. Agora, sou apenas a Maka, uma mulher capaz de escrever a própria história.
Sou muito a favor das terapias complementares e, como disse no início deste texto, acredito muito na união do coaching com a constelação. Pois, enquanto o primeiro te ajuda enxergar onde está o problema, o outro promove a ordem no sistema.
Liberte-se também!
Fique com Deus e até a próxima.
Com Amor, Måka!
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